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Mobilização Exponencial

Mobilização Exponencial
Felipe Perrelli
fev. 14 - 5 min de leitura
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Pensemos a respeito do movimento em direção às ações evangelísticas, seja aqui perto ou bem distante: a quem incumbe o dever constante e criativo de chamar a atenção da Igreja para os campos? É claro, primeiro cabe ao próprio Senhor da missão! Sem que Ele mesmo faça, como tem sido desde a Antiguidade, nada podemos realizar. Mas quero conduzir você leitor a pensar na perspectiva da instrumentalidade humana, aquela que o nosso próprio Deus resolveu usar. Será que é o papel do pastor, líder de missões, outros líderes, ou até da figura que tem ganhado espaço nas novas nomenclaturas cristãs, especialmente, evangélicas: o mobilizador? Ouso dizer que não é um papel de cada um desses individualmente, mas sim o papel de todos, em todo tempo e nem sempre de forma sistemática ou coordenada. Explico mais adiante.

A mobilização missionária é algo que se faz junto, não existem alguns que foram chamados a mobilizar os cristãos para o desenvolvimento de missões. Assim como não existe igreja que não seja missionária, não existe cristão que não esteja preocupado com a expansão do evangelho em todas as culturas da terra. Não obstante, isto se dê num segundo momento, após ele mesmo se perceber como necessitado da redenção e do conhecimento seguro das bases de sua fé: “Se não podes entender, crê para que entendas. A fé precede, o intelecto segue.” – Agostinho de Hipona.

E como fazer isso na prática? Primeiro, percebamos que o crescimento do número de pessoas agindo intencionalmente em chamar a atenção do papel insubstituível das igrejas, agências e vocacionados específicos não se dá de maneira linear, mas sim exponencial. Aquele que compreende seu papel estratégico na mobilização missionária, também estimula outros a assumirem essa função. Todos então são mobilizadores vocacionados? Acredito que não se considerarmos o foco principal ministerial de cada cristão. Sim, porém, se pensarmos que todos nós devemos anunciar que a obra missionária precisa avançar em todos os cantos da terra e cada organização confessional criada para auxiliar precisa assumir sua posição. Até que Cristo volte!

É comum o pensamento de que a mobilização precisa ser coordenada e sistematizada, sobretudo, quando insistimos em ter o controle desse tipo de atuação. O que quero motivar você a deixar de buscar é exatamente esse controle! Ao mobilizar e estimular outros a fazerem o mesmo, sem que este esteja conectado programaticamente ao primeiro ou a serviço dos mesmos objetivos, colaboramos para que todos, sem exceção, tomem uma função para si no urgente ofício de chamar a irmos nos lugares que ainda faltam. Nem sempre será de forma coordenada, com uma direção central indicando o caminho, nem sequer serão bem distribuídos os papéis na empreitada, muitos sequer se conhecerão pessoalmente.

Mas então todos desenvolverão o papel integral de mobilizador? Não. Nos estágios de uma eficiente mobilização missionária, percebem-se a oração, divulgação, escuta pessoal/institucional, conexão e acompanhamento do engajamento. Nem todos atuarão em todos esses cenários, mas em alguns deles todos podem colaborar. A divulgação, por exemplo, pode ser de um projeto específico ou de um povo ainda não alcançado, mesmo que não exista qualquer iniciativa idealizada. Dois pontos aqui são importantes ressaltar: envolva-se (1); e conheça a realidade e interesses missionários da comunidade em que você esteja inserido ou com quem você fala para esse fim (2).Costumo dizer que o melhor mobilizador é aquele que está dentro da igreja. Ao entender os anseios da igreja, onde ela quer chegar com suas ações evangelísticas ou até mesmo reconhecer que a fase ainda é de aprofundamento do alcance da missão, se pode mobilizar com maior resultado. Delegar esse papel para outra pessoa de fora não colabora para que resultados a médio e longo prazo sejam alcançados, numa evolução constante. Isto não quer dizer que a ajuda de fora não é bem-vinda, somente significa que o que está dentro precisa ter discernimento de como utilizá-la. 


Realmente acredito que algumas pessoas, porém, serão convocadas pelo Senhor a se dedicarem integralmente a esse papel. Existem ministérios inclusive se dedicando hoje a capacitar e enviar mobilizadores vocacionados para povos com igrejas fortes ou franco crescimento, contudo ainda dispersas quanto ao alvo de levar o Evangelho a todas as culturas. Estes que se dedicam exclusivamente irão participar de todas as fases da mobilização e se aperfeiçoarão na escuta de pessoas e organizações, bem como na busca de informações qualificadas sobre o tema com o fim de realizarem conexões mais eficientes. Conexões nas quais as respostas dos dois ou mais lados muitas vezes se encontrarão naquele(s) aos quais se unem. Para esses mobilizadores em tempo integral, ainda precisamos pensar mais sobre a necessidade de suporte e apoio para que consigam realizar o trabalho na dedicação que lhes são exigidas. Deixemos isto para um outro papo.

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