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Eventos para Mobilização Missionária

Eventos para Mobilização Missionária
Felipe Perrelli
jun. 11 - 5 min de leitura
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Antes de entrarmos no tema nuclear do texto, que é o evento como meio de mobilização, quero esclarecer um ponto que normalmente fazemos nos ambientes em que atuo: a diferença entre Recurso e Ferramenta. Essa diferenciação tem mais caráter sistemático-pedagógico do que prático, mas penso ser ela importante, especialmente, ao buscarmos discernir cenários, promover associações e planejar os nossos processos de mobilização.

Recurso é tudo que podemos adaptar de acordo com a realidade individual ou institucional, normalmente se trata de uma metodologia que se adequa, ganhando toda sua eficiência quando sofre ajustes monitorados desde sua implementação. Ferramenta, ao contrário, não se adequa de acordo com a dinâmica organizacional ou isto é mínimo, normalmente voltado para horários, tempo de duração ou perfil dos participantes que poderão ingressar. Recurso se personaliza, Ferramenta, quando muito, se ajusta em questões pontuais. Ambos são muito importantes, assumem lacunas e auxiliam ao serem usados de maneira técnica e discernida.

Quando pensamos em maneiras de mobilizar com qualidade, muito provavelmente começaremos por planejar um evento missionário. Pequeno ou grande, café com pastores ou congressos, o evento é parte quase sempre presente ao começarmos um plano. Não há como negar essa importância e o quanto o evento é lembrado para alvos distantes ou de curtíssimos prazos, se trata de um dos elementos mais utilizados pelos conselhos missionários e outras estruturas que mobilizam dentro das igrejas locais. A pergunta é: o evento vem sendo usado de forma que supra nossas expectativas? Algo que já ouvi (e concordo) é que o evento que se resume tão somente a experiência num determinado lapso temporal provavelmente provocará sensibilidade, porém não colaborará para um efeito prolongado. Vira vento.

O potencial existente no encontro de pessoas em torno de missões, com um programa bem desenhado, é enorme. Desde que se pense nos resultados pretendidos ao invés de simplesmente reproduzir o que sempre foi feito. Sendo intencional na busca desses resultados, não confiando somente ao futuro incerto de (quem sabe) alcancá-los no final. Outra questão importante é se o planejamento dos eventos considera, prioritariamente, os “não mobilizados”. Sim, isto é uma prática comum, ou fixamos uma agenda para falar para aqueles que já se convenceram do desafio?

Penso que o evento, seja qual for, precisa ser organizado de forma contextualizada. Qual o plano? O que o processo de mobilização está buscando para este momento? Pensando que existem diferentes realidades nas comunidades e estágios de maturidade distintos quanto ao envolvimento missionário, para cada igreja precisa existir um planejamento. E para cada indivíduo precisa haver uma abordagem, sempre que possível, mais subjetiva. Claro que existem práticas comuns que vamos conseguir falar com muitas pessoas ao mesmo tempo, mas trarão o resultado que precisamos para agora? Se não trouxer, é hora de inovar.

As soluções criativas podem ser sobre os temas que serão abordados no evento, o que influenciará em quem convidar, ou pode ser no formato da programação, sendo mais oficinas do que plenárias ou mais diálogos propositivos em grupos menores do que desafios gerais de púlpito. Pode ser até uma experiência nova, nunca vista pelos realizadores, mas que pode dar muito certo para o momento da comunidade ou para o que se deseja propor a igrejas ali representadas. Enfim, é possível e aconselhável pensar todos os espaços. Mais ainda, é preciso que haja objetivos, metas claras, quando viável. Toda experiência imaginada estar de acordo com isto. O potencial assim aumenta, e muito!

Temos outras formas de mobilizar, embora, como dito acima, o evento ainda é um dos principais recursos usados para ampliar o alcance. Entretanto, quanto mais pessoas se quer mobilizar em um único ato, mesmo que este ato dure dias, a tendência é reduzir o potencial dos resultados individuais, sejam pessoas ou instituições. Considerar o que o participante traz, a sua realidade, é muito importante para uma mobilização mais eficiente. A tendência de redução do potencial pode ser mitigada com intervenções dentro do evento. De todo modo, o mais importante, é não perder o bom planejamento do radar.

Agora, retomando a diferença entre Recurso e Ferramenta no início citada, você já deve ter percebido que me dirigi a eventos como recurso. E realmente, se pensarmos “eventos” nesse conceito que trabalhamos aqui no texto, isto é, algo que não só podemos, mas devemos harmonizar aos objetivos e alvos definidos antes, trata-se de um excelente recurso. Todavia, se pensamos como algo pronto, “CTRL+C, CTRL+V,” que repetimos anualmente ou que aderimos de uma organização parceira, sem flexibilizações, então estaremos diante de, talvez, uma eficiente ferramenta.

Seja qual for a escolha, pensemos nas melhores formas de promover encontros. Missões se dá com muitas mãos. E, antes disto, se dá com ainda mais joelhos no chão para que o discernimento das melhores práticas venha do Alto, do Único capaz de ter todo controle, do Nosso Deus.  

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