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Eventos no contexto de mobilização Missionária

Eventos no contexto de mobilização Missionária
Marco Aurélio Lopes Lima
jun. 21 - 6 min de leitura
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Primeiro semestre de 2000, eu era recém-convertido e fui desafiado por um casal de amigos missionários, John e Yvone Macy, em um café da manhã na igreja a participar de um projeto de curto prazo nas férias de Julho no sertão nordestino. Eu tinha 17 anos, e embarquei nessa nova jornada. O evento estava sendo promovido pela missão JUVEP, e tinha o objetivo de levar a mensagem do Reino às comunidades sertanejas pouco alcançadas pelo evangelho e também plantar uma igreja. A decisão em participar desse projeto mudou a minha vida! Tudo o que experimentei naquele tempo me provocou enxergar o evangelho na prática. Pude sentir os desafios e alegrias do serviço missionário, e me relacionar com pessoas de lugares, culturas e classes sociais diferentes. Em novos ambientes me motivei na minha caminhada com Cristo.

Somos por natureza seres insaciáveis e estamos em busca de novos desafios e descobertas. Alguns precisam de mais rotina, e outros de mais estímulos. Neste processo desenvolvemos uma grande necessidade de participação e colaboração social, pois somos seres altamente relacionáveis. Essas relações interpessoais e a coletividade nos traz segurança, a firmeza de propósitos e as interações de afetividade. Assim, contribuímos na formação para um melhor ambiente de convívio, crescimento e cuidado com o próximo. Compreendendo isso, nos organizamos de forma orgânica ou intencional na busca de uma coletividade, seja ela para instrução, desenvolvimento, ou mesmo entretenimento. A partir desse ponto, falaremos especificamente sobre o ato de “eventar” (liberdade criativa na constituição do verbo), que nada mais é que o objeto do ato de se reunir coletivamente em torno de algum ideal.

Sistemicamente, um evento acontecimento tem objetivos institucionais, comunitários ou promocionais (Oxford Languages) – tenho por conceito que evento carrega também o desafio de eventualidades, uma vez que mesmo que previstos em calendário, são atos não contínuos, e evidenciam pouca rotina ou ausência da mesma. Eles carecem constantemente de muita criatividade, habilidade em planejar e executar, além de mobilizar muitos interessados e grande público. Você deve estar me perguntando: “Mas o que tudo isso tem a ver com igrejas ou o campo missionário Marco?” Sem me estender na questão conceitual dos eventos, digo claramente que tem tudo a ver! A igreja, de forma natural e espontânea é mestre na realização de eventos... sim, é verdade! Quando pensamos em uma rotina básica de uma comunidade, observamos todo o planejamento envolvido para a organização de seu evento. São muitos elementos presentes como: a liturgia, a mensagem, a equipe de louvor, o espaço, o sistema de som, o café, o horário para realização, a recepção, a transmissão, o público… nossa! Naturalmente, de domingo a domingo, nos planejamos para que nosso evento semanal nos permita reunir e celebrar a mensagem do evangelho com nossos irmãos. Intercedemos uns pelos outros e nos desafiamos a uma vida em busca de santidade – neste contexto, temos um evento completo envolvendo muitas áreas, sistemas, equipamentos e pessoas.

Enxergo o evento como ferramenta. Ele não é o fim, ele é o meio! Quando as pessoas se dispõe a participar de um evento, é como se elas se dispusessem ao inesperado. Seja num aniversário de criança de 2 anos, ou mesmo em uma grande conferência, o público e staff criam expectativas e se abrem ao novo. A Cada evento realizado novos relacionamentos são feitos ou fortalecidos, sentimentos e expectativas são trabalhados, a coletividade é aguçada e a possibilidade de grandes transformações acontece. Ali, mensagens e conceitos são transmitidos de maneira única e muito poderosa. Costumo falar em “nos dedicarmos a parte humana do milagre…” A organização de um evento bem pensado, preocupado com as pessoas, bem contextualizado nas questões de público e mensagem, geralmente produz resultados muito positivos de acordo a expectativa do organizador ou objetivo da instituição. A atenção aos detalhes, a coragem de inovar, a disposição ao serviço, e o senso de compartilhar sempre enriquecem o que chamo de experiências – sim, elas são positivas e os detalhes geralmente surpreendem e causam empatia do público a ser alcançado com a mensagem ou produto.

Você ainda deve estar se perguntando: Mas o que tudo isso tem a ver com o contexto de mobilização missionária? Eu repondo: Tudo! Lembra que falei sobre sermos altamente relacionáveis no começo desta conversa? A todo tempo estamos promovendo eventos que podemos traduzir em encontros. Pode ser um café no meio da tarde, um almoço entre amigos, uma reunião ou celebração, uma festividade entre igrejas ou organizações. E estes encontros juntam pessoas e ideias, causas e objetivos. Já o alvo pode ser a transmissão do evangelho aos não alcançados, a organização como igreja de Cristo, ou para capacitar nosso público a levantar recursos e sustento para pessoas e projetos. Mas ainda pode ser unicamente para celebrar a alegria, e trazer esperança aos corações.

Em posse do entendimento “prático e conceitual” do que é evento, e como ele está presente em nossa rotina de igreja, o diálogo e a busca por conhecimento desta ferramenta nos ajudarão a realizar não apenas lindos eventos, mas prioritariamente, a pensarmos de uma maneira objetiva e proveitosa, a fim de usarmos esse tempo e os relacionamentos de forma eficiente e com maior alcance e participação de todos os envolvidos!

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