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O que pode atrapalhar o levantamento de sustento missionário?

O que pode atrapalhar o levantamento de sustento missionário?
Rafael Bandeira
dez. 9 - 4 min de leitura
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Não é pouco o número de pessoas que me procuram para falar das dificuldades que encontram nos trabalhos de mobilização de recursos para seus trabalhos missionários.

Afirmam que até estão dispostos a ir para os lugares mais remotos do mundo, para levar o evangelho. São corajosos ao ponto de deixarem seus países e enfrentarem possível perseguição por amor à Cristo. Entretanto, quando o assunto é captação de recursos, declaram certa inaptidão na realização da atividade.

Na verdade, trata-se apenas de um quadro de insegurança, visto que tais missionários têm legitimidade, conhecimento e, principalmente, vocação para o exercício do ministério.

Talvez, pelo fato de não praticarem a captação de recursos com frequência, tais pensamentos de inadequação podem estar rondando seus corações, mas que precisam ser superados, afinal, todos os recursos são do Senhor, sejam eles quais forem (Salmos 24.1).

Gostaria de apresentar aqui algumas orientações que podem ajudar missionários no momento de levantar recursos para seu sustento, tomando como base a obra "Funding Your Ministry", publicada por Scott Morton.

 

1. Acreditar que não tem potenciais mantenedores

Se você deseja levantar sustento missionário, certamente estará envolvido em atividades de relacionamento, pois mobilizará amigos, parentes, irmãos, colegas de trabalho, entre outros, a participarem do seu ministério.

Muitos não enxergam, em sua rede atual de relacionamentos, potenciais parceiros ministeriais, encontrando dificuldades para iniciar os contatos de mobilização missionária. 

Por mais que uma pessoa seja introvertida, certamente ela possui contatos. Se você abrir sua agenda no celular, seus contatos no WhatsApp, seus amigos e seguidores nas redes sociais, encontrará um imenso universo de pessoas a serem desafiadas.

Mas a quem devo pedir primeiro? Normalmente segue-se a regra do VIC (vínculo, interesse e capacidade), onde você organizará a ordem dos contatos priorizando as pessoas com maior vínculo pessoal com você, maior interesse por aquilo que você faz e, por fim, maior capacidade de apoio.

Trata-se de uma metodologia de Hank Rosso’s LAI Principle (Linkage Ability and Interest).

 

2. Medo

Infelizmente muitas pessoas têm medo de abordar o assunto do sustento missionário com seus potenciais parceiros. O medo da rejeição é uma grande barreira para os missionários.

Elas dão mil desculpas para não realizar a atividade de mobilização, alguns até falam que não acreditam nessa estratégia, e até tem inúmeros argumentos filosóficos para não fazê-lo.

É necessário reconhecer que esse medo existe, e buscar em Deus superá-lo, permitindo com que pessoas sejam tocadas pelo Senhor, através da sua vida, para apoiar o avanço do evangelho no mundo todo.

 

3. Falta de zêlo

O missionário trabalha duro no campo. Realiza diversas atividades, participa de conferências, congresso, prega a palavra, realiza encontros, enfim, uma agenda cheia, mas quando o assunto é captação de recursos, parece que a prioridade não é a mesma.

Levantar sustento é algo que exige energia, tempo, criatividade e riscos. Trata-se de uma prática tão importante quando as demais operações no campo missionário, e precisa ser realizada com excelência.

Não podemos deixar a mobilização de recursos para segundo plano e, posteriormente, lamentarmos que temos poucos parceiros ministeriais, o que limita, por sua vez, o dinamismo de algumas ações no campo.

É tempo de nos dedicarmos mais a esta importante atribuição.

 

4. Falta de prestação de contas

Um dos princípios éticos em captação de recursos é a prestação de contas aos apoiadores de uma causa. 

Embora o missionário tenha, muitas vezes, autonomia em suas decisões ministeriais, é imprescindível que ele preste contas periodicamente à sua rede de mantenedores e aos seus potenciais parceiros.

Isso demonstra seriedade, responsabilidade quanto ao uso dos recursos ofertados, animando os mantenedores atuais a continuarem ofertando, e incentivando os potenciais parceiros a engajarem-se nesse em seu maravilhoso projeto.

A ausência da prestação de contas incorre em uma depreciação do relacionamento, podendo despertar incertezas no coração de seus parceiros, prejudicando a credibilidade do trabalho.

Manter uma boa comunicação com sua rede de apoiadores permitirá, com toda certeza, compartilhar conquistas e alegrias, mas também dificuldades, desafios e dores, construindo um verdadeiro ambiente de comunhão, oração e fé.

 

Espero que essas dicas permitam você ter melhor efetividade nos trabalhos de levantamento de sustento para seu ministério missionário.

Deus abençoe!

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