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A FONTE DOS CONFLITOS NA MISSÃO

A FONTE DOS CONFLITOS NA MISSÃO
Paulo Feniman
set. 30 - 6 min de leitura
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Conflitos entre os trabalhadores na missão não é, certamente, uma coisa nova; isto nos remonta a Paulo e Barnabé, mas é uma coisa trágica e infelizmente comum. Olhando para organizações missionárias, vejo isso em vários lugares e tenho lidado com suas consequências quase diariamente.

Qual é a fonte disso? Tiago nos diz que tudo isso é sobre o egoísmo e desejos pecaminosos. Mas o assunto pode ser dissecado e explorado ainda mais: conflitos vêm de atitudes e comportamentos errados, como a nossa autoestima no ministério, onde nos esquecemos que ser um trabalhador na missão é um privilégio; vem também de más motivações, bem como do mais óbvio (e mais inocente): a cultura do mal-entendido. Em nossas recentes avaliações de equipe, um fator importante é encontrado em todas elas, a falta de submissão aos líderes. Submissão deve ser um compromisso preferencial na cultura de uma organização, mas é ridicularizado e desencorajado e ensinado ativamente contra na maioria de nossas culturas domésticas. Com poucas exceções, eu mesmo não sou uma delas, nos esforçamos para nos submeter. Precisamos nos perguntar se estamos verdadeiramente praticando a autoridade bíblica e liderança. A Bíblia certamente ensina a submissão a uma série de autoridades, reconhecendo esta como uma manifestação de submissão ao Senhor. Mas há um outro lado desta moeda.

Não será assim entre vocês

Mateus 20: 25-28 é um versículo-chave para nós e aplica-se diretamente a 4 dos 5 compromissos preferenciais de nossa cultura. "Mas Jesus chamou-os e disse: “vocês sabem que os governantes dos gentios os dominam, e os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós. Mas quem quiser ser grande entre vós deve ser seu servo, e quem quer ser o primeiro dentre vós deve ser seu escravo, como o filho do homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". 1 Pedro 5:3 nos exorta a um estilo de liderança que é "não dominadora sobre os seus responsáveis, mas exemplo para o rebanho." E Paulo, em 2 Coríntios 10:8, refere-se à sua autoridade como "nossa autoridade, que o Senhor nos deu para edificá-los e não para destrui-los."

Aqui estão 4 princípios da autoridade nos quais acredito:

  • A submissão deve ser voluntária no Reino de Deus, de forma que seu povo se submeta uns aos outros e especialmente aos seus líderes, no temor de Jesus. Este tipo de submissão agrada e honra ao Senhor e ajuda o seu povo a viver e trabalhar junto em seu reino, apesar de suas fraquezas e pecados.
  • A liderança do Reino não consiste em exercer autoridade ou dominar os outros. Os líderes do Reino são servos que cuidam do rebanho e os fortalecem, dando exemplo piedoso doando-se por aqueles que estão sob seus cuidados.
  • Devemos procurar crescer e praticar a autoridade espiritual ao invés de autoridade posicional. Autoridade posicional envolve controle, regras e títulos. Às vezes, é necessário usar a autoridade posicional, mas isto deve ser a exceção e não a regra. É muito melhor liderar com autoridade espiritual, uma autoridade que faz com que as pessoas queiram seguir-nos porque elas reconhecem a presença, o amor e a influência do Senhor em nossas vidas. De onde vem essa autoridade? Uma lista parcial: da presença do Espírito Santo em nossas vidas, de nossa obediência, vida de oração, caráter, fé e consagração ao Senhor e sua obra.
  • Cada pessoa em autoridade precisa estar também sob autoridade também. Sem isso, estamos em perigo. Em sua série de pecados em volta de Bate-Seba, o rei Davi não tinha ninguém em seu convívio que pudesse lhe dizer "Não Davi, você não deve fazer isso!" Sansão nunca deu ouvidos a ninguém e apesar de ser poderosamente usado pelo Senhor, viveu e terminou tragicamente.

Abençoados como líderes

Mais uma coisa: Eu disse antes que uma das fontes de conflito entre nós é que as pessoas esquecem que é um imenso privilégio ser trabalhador na missão. O mesmo se aplica a nós líderes: é um imenso privilégio quando nos é dada a responsabilidade de cuidar do rebanho pelo qual Jesus deu sua vida. Como resultado e prova do seu amor para o Senhor, a Pedro foi dada a tarefa de alimentar os cordeiros e apascentar as ovelhas de Jesus. Imensa responsabilidade! Imenso privilégio. E é este próprio Pedro que, mais tarde na vida, como um ancião da igreja, escreve para os líderes da Igreja sobre a bênção na próxima vida para aqueles que conduziram bem o rebanho: "E quando o sumo pastor aparecer, você receberá a imarcescível coroa de glória."

Privilégio, responsabilidade e bênção nesta vida, mas recompensa dada apenas na vida vindoura.

É preciso coragem, meus colegas líderes. Mesmo se o seu chapéu de liderança pese muito e incomode sua testa e seu halo de santidade esteja mal adaptado e precise de ajustes, o capacete da salvação se encaixa perfeitamente e sua coroa de glória cairá levemente e maravilhosamente sobre sua testa e não deslizará enquanto você levanta os olhos para o Rei em seu trono.

Texto original escrito por Luke Herrin – Diretor Executivo da AIM Internacional
Traduzido e adaptado por Paulo Feniman.


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